Seduzir com prazer

Ao criar este blogue, a ideia foi partilhar a minha experiência adquirida ao longo de 20 anos de frequência em sites, chats e redes sociais. Teclei, conversei, conheci muitas pessoas e vivi experiências que foram a vertente prática da minha aprendizagem. A net, com a possibilidade de nos relacionarmos anonimamente, veio trazer novas formas de interagirmos uns com os outros.

O objetivo deste blog é, através da partilha, ajudar a que todos nós compreendamos melhor esta nova realidade (Para mim, com início por volta do ano 2000), e com isso estimular a reflexão de temas como o amor, o sexo e os relacionamentos em geral. Assim, publicarei algumas histórias por mim vividas, reflexões, informação que ache relevante, históricos de conversas, e algumas fotos sensuais de corpos de mulheres com quem troquei prazer e que tive o privilégio de fotografar. Todos os textos e fotos que vou publicando, não estão por ordem cronológica, e podem ter acontecido nos últimos 20 anos ou nos últimos dias. Todas as fotos e conversas publicadas, têm o consentimento dos intervenientes.

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10.3.12

R011 Paradigmas

Embora este post não seja uma reflexão, quis que ficasse com a etiqueta de reflexão.

A mim, que por defeito profissional estou sempre a pôr tudo em causa, e que não faço nada sem perceber porque o faço, e sem tentar melhorar a forma de o fazer, faz-me muita confusão ver pessoas agirem de determinada forma apenas porque todos agem assim, porque sempre foi assim, ou porque lhes disseram que era assim que deviam agir.

A propósito das conversas 400 e 412, vou partilhar convosco uma experiência feita por cientistas, para mostrar como nasce um paradigma, e como nós fazemos muitas coisas apenas porque sempre foi assim, sem questionarmos porque o fazemos, e se haveria outra forma melhor de o fazer. Os preconceitos são um bom exemplo de um paradigma, e nestas conversas, principalmente na 412, está bem patente o dilema da rapariga que quer ter uma conduta respeitável, mas não sabe como aplicá-la na prática.

Como Nasce um Paradigma

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

Não devem perder a oportunidade de passar esta história para os vossos amigos, para que, de vez em quando, se questionem porque fazem algumas coisas sem pensar...

6 comentários:

Anónimo disse...

Como me senti macaca ao ler isto! Lol

Pois... todos somos macacos 'destes', uns mais vezes, outros menos, alguns sempre...; uns com mais consciência disso outros com menos...

Maria42

Anónimo disse...

Bom ao ler este post lembrei-me de uma triste conclusão que nos toca a todos, muitas vezes não nos questionamos sobre as coisas. Mas sei também que, isto tudo depende da personalidade intrinseca de cada um. Sempre houve pessoas que só vêm as coisas da sua forma, outras que aceitam e até mudam de ideias, e outras que não têm ideias. Este grande grupo que não tem ideias, aplica-se directamente este paradigma.
Penso que não se pode concluir assim tão directamente com este exemplo, o porquê das mulheres das conversas anteriores pensarem como pensam sobre o tema "aventuras vs relações".
mas isto ja é outra história.

bjo
Rakel*

xarmus disse...

Olá Maria 42... é verdade. Devíamos questionar mais as razões pelas quais tomamos determinadas atitudes.

Beijo

xarmus disse...

Olá Rakel*

Não sei bem se percebi o que querias dizer, mas acho que esta experiência com os macacos tem muito a haver com as conversas 400 e 412, na medida em que estas mulheres querem ter um relacionamento sério porque é isso que é bem aceite pela sociedade, e que lhes legitima poderem foder sem serem consideradas putas, ou aventureiras ou lá como lhes queiram chamar.

Os relacionamentos "sérios" não se procuram... encontram-se. Acontecem. E só acontecem depois das pessoas se aventurarem no relacionamento.

Dizerem-me que só namoram se for um relacionamento "sério", é o mesmo que eu dizer que só compro a lotaria se me sair algum prémio.

Como é que dois estranhos, na prática começam um relacionamento sério? foi bem visível na conversa 412 a falta de respostas.

Assinam um contrato? obrigam-se a andaram juntos mesmo que depois de experimentarem o sexo a coisa não corra bem? e se não correr bem, acabam o relacionamento sério após a primeira queca? nesse caso passa a ser uma aventura.

Eu nem sei o que é um relacionamento sério, mas se for um relacionamento duradoiro, e com obrigação de fidelidade das duas partes, como é que isso pode ser conseguido? Como é que alguém pode saber à partida quanto tempo vai durar um relacionamento?

Só se pode saber se um relacionamento dura determinado tempo, depois de decorrido esse tempo. Como dizia o outro, prognósticos... só no fim do jogo.

Beijo

Anónimo disse...

Olá,

Pois mas eu explico. Acho que vês as coisas da mesma forma. Na conversa 412 o que eu vejo é ela dizer-te aquilo que quer, não te justifica, não te impõe nada como na conversa 400.
O sério aqui torna-se muito relativo. Conheço pessoas que uma relacionamento sério começa a partir do momento que se conhecem, outras em que a leva para a jantar, ou que a leva ao cinema, ou a ver o mar e as gaivotas.. não tem de passar pelo sexo. Conheço outras que até começam por aí, e depois constróiem algo, ou não, não conseguem simplesmente se dar bem a não ser na cama. Também conheço quem não comece de lado nenhum e esteja à espera que as coisas caíam do céu.
Isto para te dizer, que mais uma vez, que a única coisa que está por detrás dessa conversa, não é efectivamente a questão de ser um relacionamento sério ou não, mas sim de segurança. Esta moça nunca terá a capacidade de começar nada sem ter a certeza que vai ganhar frutos daí. Quantas vezes vais na tua vidinha e só fazes certas coisas se tiveres "quase" a certeza que vais ganhar algo com isso? é aí que quero chegar.
Ela não estar aberta para "aventuras", lá está, só demonstra que está numa onda diferente. Que eu na minha misera opinião acho que a net, em cada 5 aventuras 1 é potencial relacionamento sério.
Ao ela dizer que só "namora e depois sexo" está a ver se és o tal potencial. Se dissesses "sim também eu concordo e sou assim", vai por mim, a conversa era completamente diferente.
No entanto acho q isso não tem a ver directamente com esta história dos macacos.
Ela não deixa de ser iludida por alguma razão, não digo que seja porque ela não sabe como é viver uma aventura, se calhar até é uma mulher que já o viveu e não gostou da situação, ou não. Toda essa conversa dela só me faz pensar que, ela é que sabe como quer fazer as suas escolhas e ela é que sabe como e quando o deve fazer. Pronto eu não concordo muito com a forma que ela o faz, mas no entanto compreendo que é uma pessoa muito insegura, e demonstra isso. Um dia tem o azar de conhecer um cabrãozinho, dá-lhe a volta e aí sim querido, tu terás razão.
Beijo Rakel*

xarmus disse...

Olá Rakel*

Eu sei que é tudo muito relativo, e tínhamos aqui considerações até vir o comunismo.

A ideia com que fiquei destas duas conversas, (e que embora sejam diferentes têm em comum a condição de um relacionamento sério) é que estão a querer algo que ninguém lhes pode honestamente garantir à partida. É isso que eu acho ridículo nas conversas.

O melhor exemplo é mesmo este: eu chego ao pé delas e pergunto... queres comprar um bilhete de lotaria? e elas respondem... só compro de tiver prémio.

No caso da conversa 400 eu estava a dizer-lhe que ela nem devia dizer isso, porque se habilitava a encontrar um gajo menos escrupuloso que para lhe vender o bilhete lhes responderia... claro minha querida, garanto-te que este bilhete tem prémio.

Como é que alguém pode garantir que o relacionamento vai ser estável, duradouro e bem sucedido? nem ela própria o pode garantir.

Beijo