Seduzir com prazer

Ao criar este blogue, a ideia foi partilhar a minha experiência adquirida ao longo de 20 anos de frequência em sites, chats e redes sociais. Teclei, conversei, conheci muitas pessoas e vivi experiências que foram a vertente prática da minha aprendizagem. A net, com a possibilidade de nos relacionarmos anonimamente, veio trazer novas formas de interagirmos uns com os outros.

O objetivo deste blog é, através da partilha, ajudar a que todos nós compreendamos melhor esta nova realidade (Para mim, com início por volta do ano 2000), e com isso estimular a reflexão de temas como o amor, o sexo e os relacionamentos em geral. Assim, publicarei algumas histórias por mim vividas, reflexões, informação que ache relevante, históricos de conversas, e algumas fotos sensuais de corpos de mulheres com quem troquei prazer e que tive o privilégio de fotografar. Todos os textos e fotos que vou publicando, não estão por ordem cronológica, e podem ter acontecido nos últimos 20 anos ou nos últimos dias. Todas as fotos e conversas publicadas, têm o consentimento dos intervenientes.

As imagens publicadas neste blogue estão protegidas pelo código do direito de autor, não podendo ser copiadas, alteradas, distribuídas ou utilizadas sem autorização expressa do autor.


12.4.12

R012 Intimidade Sexual

Numa das minhas visitas ao blog da minha amiga Libélula Purpurina, li um texto escrito por ela acerca da intimidade sexual, que eu achei uma delícia. Com uma escrita limpa e de fácil compreensão, este texto aborda um tema importante numa relação a dois, e sobre o qual pouca gente reflecte.

Intimidade sexual

“A intimidade sexual é uma espécie de escada de muitos degraus que só se pode subir a dois, de preferência de mãos dadas. Isto porque é impossível subir mais que dois ou três degraus sem que o outro suba também, o que faz com que a distância máxima possível entre ambos nunca vá longe do comprimento possível dos braços. Suponho que não haja regra para a escalada. Não tem que ser devagar se ambos tiverem fôlego para o fazer em corrida, e também pode suceder que uma vida inteira seja insuficiente para vencer sequer o primeiro patamar. O que me parece imprescindível é a confiança. A intimidade é mesmo isto: o exercício da confiança. O que não significa que a confiança tenha obrigatoriamente que ser fundamentada, isto é, que se tenha que “conhecer muito bem” a pessoa e há muito tempo, etc., nem significa que deva ser absoluta, como em tudo o mais, há casos em que se tem confiança numa pessoa para umas coisas e não se tem para outras… No sexo, confiança é, de parte a parte: liberdade física e psíquica para se dar e receber o que se quiser, ou então, liberdade física e psíquica para fruir do corpo do outro como se fosse nosso, ou ainda, liberdade para se fazer tudo quanto der na telha no intuito de se dar ou de se receber prazer. E aqui chegamos ao ponto G da coisa: os limites. Sem que haja sintonia na definição do que sejam os limites possíveis para o “tudo” não pode haver confiança nem intimidade. E o ideal é que esta sintonia seja natural, porque se for regulada por opção… lá se vai a plenitude da liberdade… Há pessoas, por exemplo, que se excitam com a dor, para estas os limites possíveis são uns… para as que perdem o tesão com a dor, como é evidente, são outros… E também há aspectos psíquicos sensíveis… o caso das massagens à próstata, por exemplo, para muitos homens é um autêntico “nó mental”, qualquer coisa de muito esquisito entre o prazer físico e a repulsa psíquica. E pronto. Era mais ou menos aqui que eu queria chegar… Sempre que existe sintonia dos limites naturais possíveis, isto é, quando, de parte a parte, os limites do outro permitirem o “tudo” sem ultrapassar os nossos próprios limites… a intimidade é apenas uma questão de prática… de onde a tal escadaria de muitos degraus ao longo da qual se vão aferindo os limites possíveis. Quer demore dias, quer demore anos, enquanto nenhum se deparar com uma parede… ou algum se recusar a dar sequer mais um passo … é sempre a subir…”

http://libelulapurpurina.blogspot.pt/2012/03/intimidade-sexual.html

Aproveito esta reflexão da Libélula para, usando a mesma figura de estilo, transpor para a minha experiência pessoal.

A minha vasta experiência sexual, leva-me a gostar de sexo com muita entrega, confiança e intimidade, e consigo mesmo num primeiro encontro subir degraus a correr e levar a minha parceira de mão dada comigo bem para cima, e ter um relacionamento sexual a um nível que muitos casais não conseguem ao fim de anos de relacionamento. A minha liberalidade, sinceridade e entrega, permitem-me levar as parceiras a patamares onde muitas vezes elas nunca tinham estado com ninguém.

Mas se por acaso a minha parceira por alguma razão não consegue subir mais, também consigo fazer com que nos divirtamos no patamar onde ela se sentir confortável. Digamos que não arrasto a parceira à força comigo, e também não subo sozinho deixando-a lá em baixo.

Consigo dar e ter prazer em qualquer patamar, mas faço questão que fiquemos sempre juntos. Só assim é possível tirarmos prazer da relação e ser agradável para os dois.

O problema de muitos homens, e não estou a falar dos que não sabem sequer subir dois degraus, é subirem por ali acima sozinhos, e deixarem as parceiras onde elas não conseguem subir mais. Eles divertem-se imenso, porque fazem o que querem e elas são simplesmente usadas sem tirarem qualquer tipo de prazer do momento. Nestes casos a intimidade não existe.

A intimidade no sexo é de uma importância fundamental. Sem intimidade, o sexo não tem cor, não tem sabor. Quando há amor numa relação, a intimidade à partida está salvaguardada, mas numa situação em que o relacionamento é puramente sexual, a confiança, a entrega e a intimidade são essenciais.

xarmus

7 comentários:

Anónimo disse...

Coisa Boa,

A tua liberalidade, sinceridade e entrega permitiram-me subir degraus, com os quais eu nem sonhava.

Fizeste-me sentir respeitada como mulher. Passei a usufruir do prazer do sexo como nunca o tinha feito. Descobri que a entrega total me pode levar longe, muito longe… e acompanhada!!!

Descobri prazeres só possíveis quando aliados à confiança… e logo no primeiro encontro… os limites nunca foram ultrapassados… Limites??? Quais limites??? Contigo… descobri que os limites podem tender para mais infinito…

Só posso ser grata por me teres “aberto” as portas para uma intimidade, onde as minhas “barreiras” vão sendo deitadas abaixo… por me teres feito despertar para uma realidade que eu desconhecia… uma realidade onde posso viver momentos de felicidade… e de muito prazer…

Bárbara 36

Beijos molhados, gulosos e muito sentidos

xarmus disse...

Ó minha delicia... deixaste-me sem palavras. adorava escrever mais alguma coisa, mas nem sei o que dizer... Obrigado minha querida.

beijos gostosos e abusos deliciosos

xarmus disse...

Depois de ter ponderado no que te dizer, gostaria de salientar o seguinte:

Se aquilo que escrevi encaixa bem em alguém, tu és uma dessas pessoas, porque entendeste e colaboraste no que te propus desde o primeiro encontro. Como tenho publicado os nosso históricos desde o primeiro, quem quiser pode seguir o desenvolvimento do nosso relacionamento.

Entendeste muito bem o que escrevi, e este teu comentário ajuda outras pessoas a perceber o meu texto.

Se não tivesses confiado cegamente em mim, e se não me tivesses dado a mão para subirmos juntos a escadaria, nunca teríamos chegado ao patamar onde chegámos. Como disse no texto, nunca deixo a minha parceira sozinha, fico com ela no patamar mais alto onde ela consegue chegar. Se subimos muito alto, foi porque sempre me acompanhaste.

Resta-me agradecer-te a entrega, a confiança, a coragem e a intimidade, que nos proporcionou momentos de grande prazer.

Muito obrigado por tudo minha querida.

Anónimo disse...

adorei este texto sobre a intimidade no sexo.

A verdade é que é difícil conseguir essa intimidade absoluta, principalmente e desculpem-me os senhores, muito por “culpa” dos homens que pouca ou quase nenhuma atenção prestam ao prazer das mulheres que tem ao lado na cama.

Embora, felizmente eu não me possa queixar, que entre namorados, amantes e amigos coloridos, sempre tive na maioria parceiros com desempenhos exemplares, claro uns mais que outros, mas isto não quer dizer que as mulheres não devam fazer a sua parte.

Noto que as mulheres em Portugal são geralmente fechadas e/ou algo conservadoras, muito consequência de uma educação castradora. Quando este factor se junta à pouco experiencia masculina e egoísmo na hora de dar prazer no vale dos lençóis a falta de condições de partilha, intimidade e fluidez instalam-se e dificilmente se conseguem ultrapassar.

Gosto de viver a sexualidade com a vontade, confiança, desinibição, procurar o prazer onde ele estiver em cada momento e dar, dar muito, porque só quando se dá se pode receber.
Quando não me sinto relaxada e descontraída para dar o meu corpo e alma sem vergonhas ao lado de um homem a coisa não pode correr bem!

E é aqui meu querido onde tu tens o teu melhor trunfo (a bem dizer os teus trunfos são todos fantásticos), mas a tua entrega é total e se tens alguém que também te dá o que desejas, então essa subida é feita a uma velocidade estonteante. O grau de intimidade que consigo contigo nos mais pequeninos detalhes, sem tabus nem preconceitos, não se consegue com qualquer pessoa e isso só é possível porque há respeito, confiança, entrega e sabedoria.
A intensidade e intimidade dos momentos a dois dependem disso (junto com outras químicas claro).

Agradeço sempre o momento em que te conheci e estes vários, vastos e intensos momentos que temos passados juntos.

Mil beijos daqueles que tu gostas.
Obrigada

Sempre tua
Helena

xarmus disse...

Olá minha querida Helena

Obrigado pelas tuas palavras. Sabes que para se dançar o tango, são precisos dois. Se não alinhasses nas minhas loucuras, e se não te entregasses como te entregas, não teríamos ido muito longe. Se conseguimos ter muito prazer juntos, e se já vivemos momentos inesquecíveis, é mérito teu também.

Adorei conhecer-te. Para além do sexo, tu és uma excelente amiga.

Beijos, carinhos, abusos e castigos... tudo de bom para ti minha querida

Anónimo disse...

Obrigada meu querido, é sempre um prazer estar contigo.
Sabes que a minha amizade terás sempre ... e o sexo tamb+em ... jajaja

Vamos marcar esses beijos, carinhos abusos muitos e castigos ainda mais ... já sinto a falta.

beijosssssssss e chupadelas kiss

Helena

xarmus disse...

Eu sei minha delicia... és uma querida. Agradeço-te a disponibilidade e a entrega.

Vamos... concerteza.

Beijos e lambidelas