Um dia marquei um encontro com uma mulatinha de 28 anos, bem gira, que dava pelo nome de Joana. Já tínhamos teclado no msn, e depois de umas conversas bem tesudas, marcámos um jantarzinho para nos conhecermos ao vivo, e se nos desse a vontade, nos embrulhávamos um com o outro.
Estava uma noite gelada de Dezembro e depois do jantar decidimos ir para a beira do rio Tejo. Para que pudéssemos estar com os estores abertos para o lado do rio a ver os barcos a passar, encostei as rodas da autocaravana mesmo no início da rampa empedrada que desce até ao rio, impossibilitando assim que alguém espreitasse para dentro. Com a janela enorme ao nível da cama, e com luz de velas acesas, o incenso a queimar, e a música a tocar, estava criado um ambiente fantástico, difícil de descrever. Era como se estivéssemos com a cama no rio. O aquecimento central automático ligado para os 24 graus, completava o pacote conforto daquela noite.
Por estarmos mesmo encostados à beira do paredão, a Joana disse-me que lhe fazia impressão a ligeira inclinação que a autocaravana tinha para o lado do rio. Para resolver o problema vesti o casaco e fui lá fora pôr as rampas de nivelamento nas rodas. Ao subir para cima das rampas, a roda de tracção empurrou uma delas para trás, e a rampa caiu ao rio. Como as rampas são de plástico, a que caiu ficou a boiar ali perto. Fui buscar uma esfregona extensível para recuperar a rampa. Desci o talude de pedra que forma o paredão até à zona verde escorregadia. Já tinha apanhado a rampa plástica, quando de repente uma onda provocada pela passagem de um petroleiro uns minutos antes, me deu um valente banho e me fez escorregar direitinho ao rio. Dei comigo todo vestido com roupa de inverno, casaco incluído, dentro da água gelada e imunda do rio. Tentei subir a rampa, mas como estava completamente ensopado e pesadíssimo, e com um metro de lodo verde e escorregadio no início do paredão, não estava a conseguir sair dali.
A autocaravana tinha o motor a trabalhar e com a música a tocar lá dentro era impossível a Joana ouvir o meu chamamento. Depois de várias tentativas falhadas, e com os dedos já em sangue de tentar agarrar-me às pedras do paredão, completamente enregelado e com a noção de que estava mesmo a meio da digestão do jantar, decidi largar o casaco, tirar os sapatos e nadar ao longo do rio até encontrar um sítio com uma escada ou algo parecido que desse sair da água rapidamente. Nadei ao longo de umas dezenas de metros e já em hipotermia, eu que sou um excelente nadador, comecei a ficar com os músculos presos e com uma dificuldade incrível em progredir. Pensei que a minha vida acabava ali, quando me pareceu ver uma interrupção do paredão a uns escassos 20 metros de onde eu estava. Aquela esperança lá me deu forças para num derradeiro esforço, chegar lá. De facto eram umas escadas. Foi com uma dificuldade indescritível e em estado de choque que consegui subir as escadas e arrastar-me até à autocaravana. Abri a porta e a Joana ao ver-me entrar completamente ensopado e cheio de lodo mal cheiroso perguntou-me com os olhos esbugalhados:
- o que é que te aconteceu???
- caí ao rio
- meu deus… como tu estás!!!
Como não queria encharcar a autocaravana e ainda no degrau da entrada, e sem nunca perder o meu sentido de humor mesmo nas situações mais trágicas disse:
- Vou começar o striptease completo já aqui... espero que gostes.
Despi-me completamente e fui direitinho ao duche. Com o quentinho que se fazia sentir dentro da autocaravana e com um duche de água quente, comecei a descongelar e a recuperar a mobilidade. Depois de muito bem lavadinho e de retirado o lodo mal cheiroso detrás das orelhas, senti-me melhor mas ainda com receio que a digestão me parasse. Bebi uns 3 whisky's que é coisa que nem aprecio especialmente, e a coisa melhorou substancialmente. A Joana foi uma querida, ofereceu-se para me aquecer e enfiámo-nos na cama todos nus.
Já no conforto da cama, agarrado ao lindo e quentinho corpinho da Joana, com o cheiro da fragrância do incenso e à luz das velas, olhei o rio pela janela e pensei que naquele momento podia estar já morto e a boiar naquelas águas geladas e imundas. O contraste entre a situação confortável em que estava agora e a situação desesperada que tinha estado há minutos atrás, fez-me pensar o quanto somos vulneráveis. Não sei se pelo facto de ter visto a morte tão perto, ou se pelo facto da Joana me querer compensar do sucedido, o nosso prazer foi muito intenso, muito desinibido e como se não houvesse amanhã. Entrámos numa espiral de troca de prazer que parecia não ter fim. Nunca me esquecerei daquela noite. E foi assim que eu me safei de ir conhecer o S. Pedro, e ter que lhe contar os meus pecados... fazíamos serão.
14 comentários:
Apesar de tudo...correu tudo bem :)
Não gosto muito disto de encontros virtuais/pessoais com pessoas desconhecidas, mas um dia irei habituar-me à ideia. Obrigada por seguires o meu blog, também já te sigo.
PS: Just so you know, you are HOT! ;)
Olá *Lili*
Sim... claro. precisas de tempo para te habituares à ideia. Mas tem a sua graça. É também uma questão de sorte, mas acredita que pode ser muito libertador. Lê o blog todo, porque vai dar-te uma visão mais informada e aprofundada do tema.
E se tiveres alguma questão, ou quiseres conversar acerca do tema... fica à vontade para me adicionares aos teus contactos de msn.
Beijo
Opá o que eu já me ri a ler esta história !!
Ya... agora também acho graça... mas na altura apanhei um susto... e aprendi que o rio também tem ondas inesperadas.
Bom blog o teu , parabéns por ele e por teres quase renascido depois da quedano rio. Abraço
Olá Joao
Obrigado pela visita. Pois... lá me safei... mas cheguei a pensar que ficava ali mesmo, e para um nadador como eu... era uma morte mesmo estúpida.
Abraço
Eu também gostava...
Gostavas de?
De conversar contigo sobre o tema, como estavas a responder à lili. Ando a ler o teu blog e tenho apreendido imenso, até a perceber-me melhor....um dia peco-te umas liçôes pode ser?
Claro... como disse à Lili... podes adicionar-me aos teus contactos de msn e vamos conversando.
terei muito prazer em satisfazer as tuas duvidas... e vontades (esfregar as mãozinhas)... hehehehehe. Estou na brincadeira, não leves a mal.
Espero que não sejas um gajo... hahahaha
Olá xarmus,
Já não visitava o teu blog à uns bons meses... continuas igual. Gostei desta história, não são só as mulheres que têm sorte contigo, tu também tens muuuuita sorte!
PS. Fotos tuas pleaseeee! ;)
Olá Mariluuu
Seja bem reaparecida... espero que esteja tudo bem contigo... aparece mais vezes, gosto de te ver por aqui.
Beijocas
ainda nao foi desta que foste. ainda bem para as sortudas a quem das prazer.
Beijos molhados
SV
Ainda bem para mim... que sempre vou comendo mais umas sortudas... hehehehehe
Beijo guloso
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