A grande novidade é que com esta possibilidade de poderem travar conhecimento de forma anónima, as mulheres casadas que já andavam com vontade de saltar a cerca mas que tinham dificuldades logísticas e de falta de tempo por causa dos filhos e da casa, por serem mais controladas, e porque é sempre perigoso embrulharem-se com alguém que as conheça, a coberto do anonimato, começaram mesmo a saltar a cerca com segurança e privacidade.
Depois de conhecer homens através da net, de criar o desejo e a intimidade necessárias, e perceberem que os interlocutores são de confiança, numa hora dão uma escapadela com toda a facilidade. É curioso verificar que as mulheres casadas preferem encontros com homens casados, por partilharem os mesmos interesses a vários níveis, mas essencialmente no que toca ao sigilo.
Esta forma de conhecer pessoas veio desestabilizar casamentos, criar conflitos e motivar divórcios. Há casos em que o casal se divorcia porque um dos cônjuges passa horas a teclar na net, e depois do divórcio, começa o outro cônjuge a passar horas a teclar na net. Este facto, prova bem que o uso de sites e chats de relacionamentos são um método privilegiado de se conhecer outras pessoas de forma anónima.
Antes de haver net, as mulheres evitavam divorciar-se por não terem um círculo de amigos e pensarem que depois do divórcio teriam dificuldade em arranjar outro homem ou mesmo apenas sexo. Quando começam a andar na net e a serem assediadas por muitos homens, começam a ganhar força para se divorciarem, porque percebem que pelo menos flirt e sexo não vai faltar. Sentem que é uma oportunidade para conhecerem gente nova e viverem situações que nunca tiveram oportunidade de viver.
Ao longo destes 10 anos de relacionamentos cibernéticos, vivi muitas experiências com mulheres casadas, algumas nem sabia que eram casadas e outras que nunca chegarei a saber. Para quem procura apenas sexo, as mulheres casadas apresentam algumas vantagens, quando comparadas com as descomprometidas. Enquanto as mulheres solteiras ou divorciadas procuram relacionamentos com envolvimento emocional, as casadas não estão interessadas em grandes envolvimentos, e como o tempo disponível é reduzido, é todo aproveitado no que realmente interessa.
Outra vantagem é, tal como os homens casados, não estarem interessadas em perder o patamar de conforto e estabilidade económica que já conseguiram, e que o divórcio iria destruir. Assim vão dando umas quecas sem que ninguém saiba, satisfazendo as suas fantasias sexuais de forma liberal, e aproveitando para fazer aquilo que os maridos não fazem com elas, ou até apenas variar de corpo, de homem, de procedimentos, sentir o desejo da novidade ou ter o prazer do flirt.
Ao contrário dos homens casados, as mulheres casadas raramente mentem em relação ao seu estado civil, e é engraçado perceber porque é que isso acontece. Como as mulheres livres preferem evitar os homens casados, os homens mentem em relação ao seu estado civil para não serem excluídos. Como os homens na sua grande maioria procuram apenas sexo, e pelas razões que acima descrevi, não só não excluem as mulheres casadas, como muitas vezes as preferem. Assim, as mulheres casadas não precisam de mentir em relação ao seu estado civil.
Nunca me fez confusão embrulhar-me com mulheres casadas. Como penso que ninguém é propriedade de ninguém, e que todos somos livres de fazer o que bem nos apetecer, é de consciência tranquila que marco encontros com mulheres casadas. Se elas procuram relacionamentos fora, é porque têm razões para isso, seja porque lhes apetece, porque os maridos fazem o mesmo, ou porque não são bem fodidas em casa.
Embora as razões delas pouco me interessem, sempre que converso um pouco com uma mulher casada acerca do tema, tento perceber o que as leva a procurar sexo fora do casamento, e tento ajudar a resolver os problemas que possam ter com os cônjuges. Conhecendo bem os homens, posso sempre ajudá-las a chegarem a conclusões relativamente às razões do afastamento ou desentendimento entre os casais, e já tenho conseguido obter resultados positivos. O meu interesse é mesmo passar bons momentos com mulheres que tenham o mesmo interesse, mas sem que isso ponha em risco os seus relacionamentos.
Muitas vezes dou por mim no papel de conselheiro matrimonial, tentando ajudar na resolução de problemas conjugais, dando conselhos ou ensinando-lhes os truques para não serem apanhadas. Ensino-as a limpar os históricos dos computadores e telemóveis, e no caso de não terem um cartão sim exclusivo para a net, apontarem os nomes dos homens no feminino, e muitos outros cuidados que deverão ter para não serem apanhadas a saltar a cerca. Não quero ser de forma alguma causa de zangas ou divórcios. Outra coisa que nunca faço é contactá-las, espero sempre que sejam elas a contactar, e se tiver mesmo necessidade de entrar em contacto, envio uma mensagem a dizer que tive um problema com o meu marido e que preciso de desabafar com elas, e assino Luisa.
As razões que levam mulheres comprometidas a procurarem sexo fora do relacionamento, são variadíssimas, e cada caso é um caso, mas na generalidade assentam sempre nas mesmas causas. Ou não são fodidas, ou são mal fodidas, ou não satisfazem as suas fantasias com os respectivos parceiros.
Ao contrário dos homens, as mulheres quando são amadas, e estão satisfeitas sexualmente com os parceiros, raramente procuram sexo fora. Mas mesmo que amem os parceiros, se não estiverem satisfeitas sexualmente, procuram mesmo fora. Algumas não o fazem por falta de coragem e com receio de pôr em risco o seu relacionamento, mas se tiverem oportunidade de saltarem a cerca de forma segura e anónima, saltam mesmo.
Aconselho vivamente aqueles homens que acham que não se faz certas coisas com a respectiva, ou que há certas coisas que só se fazem com as outras, a fazerem mesmo de tudo sem tabus e a satisfazerem as suas companheiras a todos os níveis, porque senão aquilo que os homens acham que não devem fazer com elas, fazem elas com os outros. Acreditem que sei do que falo. Conheci muitas mulheres casadas que queriam fazer comigo, aquilo que os maridos não fazem com elas.
Nos “próximos capítulos” partilharei com os leitores histórias por mim vividas com mulheres comprometidas, para se perceber melhor as motivações, os receios, e o comportamento sexual das mulheres casadas que se aventuram nestes encontros.
xarmus
8 comentários:
Estão interessantes demais teus post's, querido ... sobre infidelidade nem entro na discussão, apesar de concordar bastante com você ... Mas acho que a monogamia não sustenta nenhuma relação decentemente por muito tempo ... Por outro lado, ainda não estamos preparados para outros tipos de relação .. estamos em fase de transição ... é .. temos que ir 'treinando' a coisa ... rsrsrs ...
Veja, querido, tive meu antigo blog removido pela ggogle, arbitrariamente ... logo, deixo meu novo link para vc, que era meu seguidor ... (estou a cata de meus 'amiguinhos antigos)' ... rsrsr ...
beijos ..
http://asintimidadesdacuriosa.blogspot.com/
Essas coisas são chatas mesmo... nós com tanto trabalhinho e depois retirarem-nos o blog assim de repente... é uma maçada. Estou um bocado aflito de tempo, mas um dia destes vou lá dar uma espreitadela e tornar-me seguidor... beijocas
Já sou seguidora do seu blog há já algum tempo e entro cá quase todos os dias mas sem tempo para deixar um comentário, vou corrigir isso.
Fiquei extremamente cativada pelo que vi, nem sequer falo das fotografias (que são muito boas)ou de outros conteúdos explícitos mas sim do facto de ter uma mente tão aberta e estar tão disponível a novas experiências.
Eu interesso-me imenso em 'filosofias alternativas de vida' por assim dizer, viver sem restrições, sem complexos e sem medo das implicações.
Gostei muito do blog por poder "ver" isso de perto, ou do mais perto possível, e adorei poder perceber melhor através dos posts, as razões e as vantagens que impulsionam esses encontros anónimos.
E gostaria imenso de poder ter a oportunidade de um dia ter uma conversa com uma pessoa com uma mentalidade como a sua, de certeza que podia aprender muita coisa.
Olá Cristina
Obrigado por me leres. Eu também te leio, e gosto muito dos teus poemas.
Terei muito prazer em conversar contigo e esclarecer duvidas que tenhas, ou perguntas que sintas necessidade de ver respondidas. Estás à vontade. O meu mail e msn é... xarmus@hotmail.com
Não te acanhes, contacta-me e marcamos um cafezinho.
Beijos
Somos infiéis sim, e aquelas que não se atrevem a sê-lo desejam-no muitas vezes. Estão na cama com o seu homem e imaginam estar com outro, o que também é uma forma de infidelidade. A mulher quer ter um homem para companheiro de vida, para constituir família com ele, mas se tem a sorte de ser assediada por um sedutor, ou se se liberta o suficiente para seduzir, bem...A única coisa que a condiciona é o sentimento de culpa, o julgamento alheio ou o medo de ser descoberta. Mas as mulheres raramente confessam que são infiéis e sabem dissimular muito bem...Realmente, acho que a altura em que o ser humano é fiel é quando está apaixonado pois mesmo as fantasias se centram no objeto do seu amor.
Comentário bem realista e pragmático... e essa também é a minha opinião. Claro que haverá excepções como em tudo na vida, mas a grande maioria das mulheres é assim, ou gostaria de ser. Muito bom. Obrigado pela contribuição.
Muito bom este teu blog. Sou homem, casado e no que respeita a mulheres casadas estou totalmente de acordo com a tua apreciação. ninguém e dono de ninguém. Aprecio uma mulher que vai em frente numa aventura apenas esporádica, pelo prazer, por atracão física, sexual o que for. Por estranho que pareça incentivo a minha esposa a fazê-lo embora ainda seja muito amarrada aos preconceitos, moralidades etc.
Olá Anónimo
É verdade, a sociedade tenta formatar-nos a termos os comportamentos que os conservadores e a igreja querem manter, e que impedem muita gente a ter uma vida sexual livre. Mas vais ver que ela vai acabar por desejar essas situações.
E acredita que muitas mulheres que lerem este teu comentário vão pensar... dá deus nozes a quem não tem dentes... heheheheh.
Obrigado pela tua participação e partilha da tua opinião... abraço
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