Seduzir com prazer

Ao criar este blogue, a ideia foi partilhar a minha experiência adquirida ao longo de 20 anos de frequência em sites, chats e redes sociais. Teclei, conversei, conheci muitas pessoas e vivi experiências que foram a vertente prática da minha aprendizagem. A net, com a possibilidade de nos relacionarmos anonimamente, veio trazer novas formas de interagirmos uns com os outros.

O objetivo deste blog é, através da partilha, ajudar a que todos nós compreendamos melhor esta nova realidade (Para mim, com início por volta do ano 2000), e com isso estimular a reflexão de temas como o amor, o sexo e os relacionamentos em geral. Assim, publicarei algumas histórias por mim vividas, reflexões, informação que ache relevante, históricos de conversas, e algumas fotos sensuais de corpos de mulheres com quem troquei prazer e que tive o privilégio de fotografar. Todos os textos e fotos que vou publicando, não estão por ordem cronológica, e podem ter acontecido nos últimos 20 anos ou nos últimos dias. Todas as fotos e conversas publicadas, têm o consentimento dos intervenientes.

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10.3.12

R011 Paradigmas

Embora este post não seja uma reflexão, quis que ficasse com a etiqueta de reflexão.

A mim, que por defeito profissional estou sempre a pôr tudo em causa, e que não faço nada sem perceber porque o faço, e sem tentar melhorar a forma de o fazer, faz-me muita confusão ver pessoas agirem de determinada forma apenas porque todos agem assim, porque sempre foi assim, ou porque lhes disseram que era assim que deviam agir.

A propósito das conversas 400 e 412, vou partilhar convosco uma experiência feita por cientistas, para mostrar como nasce um paradigma, e como nós fazemos muitas coisas apenas porque sempre foi assim, sem questionarmos porque o fazemos, e se haveria outra forma melhor de o fazer. Os preconceitos são um bom exemplo de um paradigma, e nestas conversas, principalmente na 412, está bem patente o dilema da rapariga que quer ter uma conduta respeitável, mas não sabe como aplicá-la na prática.

Como Nasce um Paradigma

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

Não devem perder a oportunidade de passar esta história para os vossos amigos, para que, de vez em quando, se questionem porque fazem algumas coisas sem pensar...

4.3.12

R010 "Engana-me que eu gosto"

Esta reflexão vem na sequência de uma conversa (conversa 400) que tive com uma mulher de 41 anos que conheci na net. Foi a primeira conversa e possivelmente a ultima que tive com ela, mas achei o histórico rico em questões interessantes de se analisar.

Todos sabemos que algumas mulheres são mais emotivas que os homens, e precisam de algum envolvimento emocional para se enfiarem na cama com um homem. Como se costuma dizer, para ter sexo, as mulheres precisam de um motivo, e os homens precisam de um buraco. Também consigo compreender que muitas delas estejam tão traumatizadas com os “valores” que lhes são incutidos desde a infância que tenham dificuldade em separar o amor do sexo, e ver os relacionamentos de forma livre e despreconceituosa. A sociedade e a religião são castradoras nestes aspectos, (e em muitos outros) e condicionam a nossa forma de pensar e agir.

Como sou um espírito livre, que não foi traumatizado com educação moral ou religiosa, e que muito cedo se livrou das amarras familiares, entendo que cada um é livre de viver a sua sexualidade como bem entender. Cada um de nós tem o direito de se enfiar na cama como, quando e com quem quer, assim como tem o direito de não se enfiar na cama com ninguém, ou apenas com determinadas condições. Não descrimino nem faço juízos de valor em relação à sexualidade de ninguém.

O que eu acho espantoso, é que certas pessoas, fartas de apanhar na cabeça e sofrerem horrores durante tantos anos, ainda não tenham percebido que a receita que usam no relacionamento com os outros, só dá maus resultados. Estas mulheres pensam que têm azar com os homens, e não se apercebem que o problema está na forma como interagem com eles.

Uma mulher que diz a um homem que não gosta de aventuras e que só vai para a cama com um gajo se estiver apaixonada, ou houver envolvimento emocional, está a dar-lhe o segredo do cofre. Depois de dizer isto, ela nunca mais vai saber quais as intenções dele. Se ele lhe disser que está apaixonado por ela, como é que ela vai saber se ele está a falar verdade? Mesmo que se pense e actue daquela forma, (e acredito que haja mulheres tão traumatizadas pelos "valores" que nem consigam entregar-se de outra forma), nunca devem dizer isso. No fundo estão a ensinar aos homens como lhes dar a volta, e os gajos menos escrupulosos aproveitam. Fingem-se interessados e apaixonados, seduzem-nas com falinhas mansas e poemas lindos, elas apaixonam-se, e depois comem-nas uma ou mais vezes e quando não quiserem mais desaparecem, ou pior ainda, fazem-lhes a vida negra com atitudes possessivas, ciumentas e prepotentes, e acabam por forçar cobardemente o fim do relacionamento deixando-as com a auto-estima de rastos, e a precisarem de tratamento psiquiátrico.

Uma mulher dizer a um homem que só vai pela paixão, e pelo sonho, é o mesmo que uma pessoa travar conhecimento com outra, e dizer que tem montes de dinheiro, um carro assim e uma casa assado. Fica logo sem saber quais as intenções de quem se quer aproximar. Nos dois casos estas pessoas têm um rótulo na testa que diz “engana-me que eu gosto”.

Se um homem disser às mulheres que vai conhecendo na net que é rico, não se pode queixar de estar sempre a ser enganado e que elas só querem o seu dinheiro. Da mesma forma, uma mulher que diz aos homens que só fode apaixonada ou com envolvimento emocional, não se pode admirar que esteja sempre a ser enganada, e a sofrer horrores. Não é azar, é uma situação que é criada por ela logo desde o inicio. Se já somos assaltados sem andarmos com o dinheiro à mostra, se andarmos com as notas a cair dos bolsos, só nos estamos a pôr a jeito.

Outro problema que enfrentam as mulheres que pensam e actuam desta forma, é que enquanto elas precisam de estar apaixonadas para ter sexo, os homens precisam de ter sexo para se apaixonarem. Estas mulheres vão pelo sonho, e pensam no amor como o sentem os adolescentes, que se apaixonam antes e têm sexo depois. Na idade adulta é muito difícil um homem apaixonar-se sem trocar prazer.

Esperemos que a conversa dela tenha sido apenas para “inglês ver”, e que nada daquilo seja verdade. Também acontece. Quando as mulheres procuram relacionamento sério, costumam ter este tipo de conversa, mesmo que não seja verdade, porque sabem que a generalidade dos homens gostam delas assim para ter em casa, e para terem a certeza que não são encornados enquanto andam a foder as mulheres que são aquilo que eles não querem que as suas mulheres sejam, e com quem fazem tudo o que não querem que as suas mulheres façam com eles.

Outra coisa que muitas mulheres dizem e que eu acho deplorável, é aquela frase feita “os homens servem-se de nós e depois deitam fora”. Se analisarmos o significado desta frase podemos constatar entre outras, duas conclusões lamentáveis. Uma, é que não têm prazer no sexo, e a outra é que entregam o corpo em troca de quem fique com elas para a eternidade como se fossem pura mercadoria. Se elas entregam o corpo em troca de alguma coisa que depois não se concretiza, é natural que se sintam enganadas.

Se uma mulher e um homem decidem ir para a cama para trocar prazer, é uma troca justa. Ninguém se está a servir de ninguém. Se a mulher vai para acama com um homem sabendo que não vai ter prazer, e disposta a servir de objecto sexual para dar prazer ao homem, o melhor é mesmo cobrar.

Se duas pessoas gostarem de estar juntas e desenvolverem um relacionamento mais emocional, com cumplicidade e respeito, vão limando as arestas e adaptando-se de forma natural um ao outro. Não se pode trocar um corpo pela segurança de um relacionamento. Será sempre um relacionamento artificial, e com fim à vista. O amor não pode ser exigido, forçado ou imposto. Duas pessoas só devem estar juntas se for de livre vontade dos dois, e enquanto os dois assim o desejarem. Quanto mais livre for, mais sincero e seguro será. Muitas pessoas vêm o namoro, ou o “relacionamento sério” ou o casamento como uma segurança, mas se não for genuíno e mantido de livre vontade, é um engano. Antes pelo contrário, muitas vezes a segurança aparente do casamento, faz com que as pessoas se desleixem com o relacionamento, e deixem de cuidar dele, de seduzir, de mimar e de manter a chama acesa.

xarmus

15.10.11

R009 Cantadas hipocritas

No decorrer das minhas conversas com mulheres nos sites de encontros, tenho constatado coisas interessantes. Apesar de haver diferenças de pessoa para pessoa, consegue-se tipificar formas de pensar e comportamentos comuns a muitas delas.

Há mulheres que se queixam de serem enganadas pelos homens, mas no fundo é a única maneira que aceitam ser levadas para a cama. Se for com sinceridade não vão.

Se um homem é sincero e diz que não está à procura de um relacionamento sério (até porque essas coisas não se procuram… encontram-se), e diz que não dá exclusividade até ver, é logo excluído, porque as senhoras não querem ser usadas e não são descartáveis. Se um homem lhes mentir, e lhes disser que procura um relacionamento sério e que lhes dá exclusividade, já estão dispostas a enfiarem-se na cama.

Com sinceridade ou mentira, o resultado final é exactamente o mesmo, o homem papa-as uma ou mais vezes até se fartar e depois descarta-as. A única diferença entre estes dois modos de actuar é que para além de serem usadas e descartadas no caso de optarem pela mentira ainda fazem figura de burras, e depois sentem-se enganadas.

É lógico que há vezes em que as coisas até correm bem, e os envolvidos até se apaixonam, e conseguem manter um relacionamento continuado durante um certo tempo, mas são casos raros se comparados com as vezes em que se fode e acaba por não dar em nada, e que de qualquer forma começam pelo sexo. Até porque a necessidade que qualquer humano tem em ter sexo e sentir prazer com outra pessoa, é muito mais frequente do que as vezes em que se apaixona.

Neste contexto, é muito mais inteligente e honesto assumirmos de vez que todos nós necessitamos de ter sexo apenas pelo prazer do sexo, e que mais vale fazê-lo com sinceridade do que com cantadas hipócritas.

Para além disso tudo, há nestes dois modos diferentes de interagirmos uma diferença abismal e que a maior parte das pessoas não sabe, porque nunca experimentou, que é a qualidade do sexo. Quando duas pessoas se envolvem sabendo uma delas que está a enganar a outra, e que a outra desconfia que está a ser enganada, o sexo não pode ser nunca de qualidade, porque nem sequer existe respeito naquele relacionamento.

Ao invés, se duas pessoas se embrulharem assumidamente pelo prazer do sexo, com amizade, sinceridade e respeito, a cumplicidade que daí resulta, aumenta exponencialmente a qualidade do sexo, atingindo patamares de prazer impossíveis de alcançar de outra forma, e aí sim, até pode surgir a paixão, e a vontade de manter um relacionamento continuado.

Eu que conheço bem esta realidade, recuso-me a dar cantadas mentirosas e hipócritas a mulheres que delas necessitam para não se sentirem putas, porque para além de não querer ter a responsabilidade de ter enganado alguém, quero sentir o prazer do sexo com sinceridade, cumplicidade, respeito e amizade, características imprescindíveis a um prazer de qualidade.

xarmus

12.3.11

R008 Fáceis ou difíceis

No decorrer das minhas leituras de históricos para escolha de conversas a publicar no blog, encontrei este histórico delicioso, e como já ando há um tempinho para escrever acerca do tema, nada melhor que começar por aqui…

xarmus (23:32): e achas que dá para nos encontramos um dia destes?
Lúcia 34 (23:32): aviso-te ja que eu sou uma mulher dificil
Não vou com qualquer um
Se me quiseres comer vais ter que te esmerar
xarmus (23:33): oohhhhhh… que chatice… nem sei se vou ter paciência para isso
Lúcia 34 (23:34): nao me digas que gostas delas fáceis? Não preferes as que te dão luta?
xarmus (23:34): adoro mulheres fáceis… sabem o que querem… e são sinceras…
e depois tenho outra razão para não ter paciência para as difíceis… é que eu preciso de sentir o desejo e vontade da mulher em trocar prazer comigo… e as difíceis podem até sentir, mas não mostram… e fica a ideia de que só se deitam comigo… porque eu me esmerei… tipo prémio.
E depois… tenho tantas fáceis e difíceis desejosas de se enrolarem comigo, que não preciso de perder tanto tempo para ter mais uma difícil… capiche??
Lúcia 34 (23:35): pensei que fosses mais exigente e selectivo
xarmus (23:35): e é por ser exigente e selectivo que gosto das que se assumem fáceis…
primeiro… porque todas se dizem difíceis… é raríssimo uma mulher assumir-se fácil… as fáceis são mais raras… hehehehehe
segundo… gosto delas sinceras e que saibam o que querem e uma mulher difícil, é uma mulher que quer mas diz que não quer… logo não é sincera… ou então não quer mesmo, mas acaba por abrir as perninhas se um gajo se esmerar… o que ainda é pior
Terceiro… as difíceis não são grandes quecas
Lúcia 34 (23:36): tu para alem de parvo es um grande convencido
xarmus (23:36): pois… quem não me conhece… acha sempre isso.
Lúcia 34 (23:36): e porque es mesmo
xarmus (23:36): eu por acaso acho que não sou… porque convencido é um gajo que tem a mania que é bom, mas não é. Como eu sou mesmo bom… logo, não posso ser convencido…. hehehehehehehehe
Lúcia 34 (23:37): pois es mesmo convencido
Ja vi que comes tudo o que mexe não te escapa nenhuma
xarmus (23:37): escapam muitas… as que eu não quero
Lúcia 34 (23:38): e há alguma que tu não querias
xarmus (23:38): há muitas… claro… as que se dizem difíceis… que são a grande maioria.

Fico sempre de boca aberta quando uma mulher me diz com muito orgulho, que é uma mulher difícil. Também há as que se dizem selectivas, como se fosse uma característica rara, mas selectivos somos todos, só diferimos na forma como seleccionamos as pessoas. Estas coisas que se dizem só porque toda a gente diz e que nunca ninguém pensou verdadeiramente o que querem dizer, deixa-me completamente abesbílico. Mas analisemos melhor a coisa.

Uma mulher difícil, é uma mulher que quer mas diz que não quer, porque se simplesmente não quisesse não se assumia difícil. Difícil, quer dizer que não vai com facilidade, mas acaba por ir. O critério de selecção de uma mulher difícil é geralmente bastante pobre. Só tem acesso aos homens com pouco sucesso junto das mulheres, porque os que são bons e têm muita escolha, não estão para perder tempo com as difíceis. No fundo, uma mulher difícil vai com quase todos os gajos que tiverem pachorra para a melgar até ela desistir de resistir, ou achar que o candidato já se esmerou o suficiente.

Contrariamente, uma mulher fácil, é uma mulher que assume que se quiser ir vai mesmo, e não usa joguinhos para dificultar a vida ao parceiro para apenas se fazer difícil. Estas mulheres, quando não querem, não vão. É escusado melgá-las, porque não é por aí que vamos conseguir mudar a opinião delas. As mulheres fáceis, são mulheres que sabem o que querem, são sinceras, e estão a cagar-se para aquilo que os homens possam pensar delas. São mulheres bem resolvidas, que assumem as suas escolhas e têm mentes abertas. Normalmente são boas na cama porque vão com tudo o que têm.

As mulheres dizem-se difíceis, porque alguns homens dizem que não gostam de mulheres fáceis. Os homens e as mulheres que não gostam de se enrolar com quem se assume fácil nos relacionamentos, são normalmente pessoas inseguras, ciumentas e possessivas que não querem estar com alguém que os possa comparar com outros, e com alguém que possa com facilidade ter outros relacionamentos. Esquecem-se obviamente que quem diz que não teve muitos parceiros, normalmente está a mentir, porque quem teve realmente poucos, até tem alguma vergonha de assumir isso.

Sempre me fez confusão esta ideia idiota das pessoas que dizem que gostam mais daquilo que dá luta, que é difícil de conseguir. Dar luta, é outra expressão que não entendo. Quando as pessoas têm que “dar luta” e dificultar artificialmente uma possível relação, apenas para criar mais interesse, revelam falta de características interessantes, passíveis de cativar os outros. As mulheres difíceis, normalmente não são grandes quecas, por levarem para a cama aquela atitude de estar sempre a dificultar a vida ao parceiro, quando o que se pretende é colaboração e entrega total.

É por estas razões que eu adoro as mulheres fáceis, e perco rapidamente o interesse pelas mulheres que se dizem difíceis ou que gostam de dar “luta”. Esta forma de pensar e estar na vida, revela que essas pessoas têm um carácter e um conjunto de características que eu à partida não gosto mesmo, e que lhes falta outras que eu aprecio muito.

Eu sou um homem muito fácil. Se quero vou, se não quero não vou, e não estou cá com merdas para me fazer difícil. Se uma mulher não me interessa, não há volta a dar. Mas quando vou, vou com tudo o que tenho, disposto a dar o melhor de mim e com vontade de dar à minha parceira tudo a que ela tem direito.

xarmus

19.2.11

R007 Qualidade na variedade

Sou um adepto fervoroso da variedade sexual. Seja com parceiras habituais ou parceiras ocasionais.

No caso das novas parceiras, para além do prazer da sedução, da caça, da adrenalina do desconhecido e da aventura que é darmos uma queca com alguém que nunca vimos, partilha-se experiencias, aprende-se muito, e com isso melhora-se a qualidade da nossa performance sexual. Por outro lado, vivemos um sexo de qualidade pela diversidade de corpos, de idades e formas de trocar prazer.

Eu sou um homem que gosta de todo o tipo de sexo. Desde o sexo com carinho e paixão, passando pelos jogos sexuais mais variados, até ao sexo com dominação e submissão, e alguma violência à mistura. Para mim é tudo prazeroso desde que desejado por ambas as partes. Com as parceiras habituais, devido à confiança e cumplicidade, consegue-se atingir patamares de prazer difíceis de expressar por palavras.

Como nem todas as mulheres gostam de todo o tipo de sexo, em vez de ”forçar” uma mulher a ter determinado tipo de sexo comigo, e fazer o que não gosta, prefiro escolher a parceira pelo tipo de sexo que posso ter com ela. Até porque sendo eu um homem que gosta de agradar e dar prazer, tenho prazer em me adaptar ao tipo de sexo que determinada parceira gosta. Isto só é possível porque tenho parceiras para todo o tipo de sexo, se não tivesse, tinha a tendência (como maior parte dos homens faz) de tentar fazer com a parceira que está comigo coisas que me agradam, independentemente de lhe agradarem a ela.

Um exemplo. Se me vou encontrar com uma mulher com muito pouca experiência, tímida, e que normalmente gosta de um sexo meiguinho e carinhoso, não vou agarrá-la pelos cabelos, chamar-lhe puta e fodê-la à bruta. Neste caso, e como o que me dá prazer é dar prazer, vou saboreá-la com muita meiguice, e desfrutar do melhor que ela tem para me dar. Só assim consigo interagir com ela de forma que seja agradável para os dois. E porque não necessito de fazer com ela o que ela não gosta? Porque tenho outras, a quem os miminhos não dizem nada, e que gostam de ser agarradas pelos cabelos, amarradas à cama e serem abusadas com tudo o que me possa passar pela cabeça, com estalos à mistura, e esfodaçá-las todas enquanto lhes chamo uma panóplia de nomes feios.

Outro exemplo é o sexo anal. As mulheres com quem me embrulho seja da primeira vez ou repetições, ficam muito admiradas com a minha não insistência em lhes comer o cuzinho se elas disserem que não gostam. Eu costumo responder que não preciso de papar o cu a quem não gosta, porque tenho muitas amigas que adoram. Como diz uma amiga minha, um leão bem alimentado não é um animal perigoso. Com outros homens, elas dizem que não gostam, e eles insistem, ou forçam. A maioria dos homens, tem a tendência de querer fazer aquilo que lhes apetece, independentemente da vontade da parceira.

A quantidade e diversidade de parceiras, reflecte-se não apenas na qualidade da minha sexualidade, no sentido de ter parceira para qualquer tipo de sexo, como se reflecte na qualidade do sexo que ofereço a quem está comigo.

É também por isso, que para a grande maioria das mulheres com quem me embrulho, sou um querido, amigo, e um amante excepcional, e estão sempre prontas a trocar prazer comigo. Não tenho dúvidas em afirmar que a quantidade de parceiras sexuais, está directamente relacionada com a qualidade da minha sexualidade.

xarmus

9.2.11

R006 Qualidade & quantidade

Há muito tempo que ando a pensar escrever acerca da qualidade e quantidade no sexo em termos de parceiros. Já reparei que muitas mulheres acham que a quantidade é inimiga da qualidade, como se não fosse possível ter as duas. Como não é a primeira vez que mulheres me levantam esta questão, e como recebi um mail de uma leitora a tocar no mesmo assunto, vou aproveitar para responder ao mail e falar da diferença de opiniões entre homens e mulheres de uma forma mais generalizada.

“Olá Luís
O que mais me intriga em ti é perceber porque preferes a novidade, a primeira experiência com alguém novo, a adrenalina da "caça", da descoberta de novos estímulos à cumplicidade, ao aprofundamento de um envolvimento, ao crescendo da intensidade que vem da nova interacção com a mesma pessoa. Percebi que já tiveste, em alguma fase da tua vida, a constância. Inferi que terá corrido menos bem, ou que, pelo menos, o desenlace não terá deixado vontade de repetir (talvez esta interpretação "selvagem" seja demasiado simplista, é-o seguramente). Mas, pelo menos para mim, tenho cada vez menos paciência para fingir que me satisfaz, que é bom, quando posso ter excelente, só porque é novo e me deu gozo a conquista... Prefiro usufruir do excelente quando me apetece.
Claro que esta tua atitude depois dá material para muitas histórias de encontros... E tu sabes descrevê-las muito bem e até apimentá-las. Mas o que me intriga é o homem por detrás dos seus actos...
Abraço”

Resposta ao mail:

"Olá Ana

Eu não prefiro a quantidade em detrimento da qualidade. O que acontece é que tenho o melhor de dois mundos. Tenho muita qualidade e também tenho muita quantidade. Aliás, para mim e para a maior parte dos homens, a quantidade faz parte da qualidade. Eu explico melhor. Para a minha sexualidade ser de qualidade, eu preciso ter por um lado uma ou mais mulheres com quem mantenho um relacionamento continuado, e com quem vou aprofundando e evoluindo em termos da qualidade do sexo, do envolvimento emocional, da cumplicidade e da confiança, e por outro ter o prazer da caça, da adrenalina do desconhecido e da aventura. A minha sexualidade nunca será de qualidade se me faltar uma destas vertentes. Esta segunda vertente, nunca me poderá ser dada pelas mulheres que já conheço, por muito bom que seja o sexo, e por muito que goste delas. Para mim e para a maior parte dos homens, variar faz parte da qualidade no sexo.

Ao longo da minha vida, sempre tive uma ou mais mulheres com quem mantive relacionamentos continuados, com sexo de muita qualidade, com cumplicidade, e até com amor, que duraram anos, e nalguns casos muitos anos mesmo. Nunca senti carências afectivas ou sexuais, e muito raramente me desiludi com as mulheres.

Paralelamente a isto, e principalmente nos últimos 10 anos, e com a facilidade dos conhecimentos anónimos através da net, vou tendo o prazer da caça, de experimentar a novidade, a adrenalina do desconhecido, de conhecer mulheres, de aprender, de experimentar novos corpos, novas parceiras e jogos sexuais. Como a qualidade do sexo depende muito mais de mim do que da mulher, consigo ter um sexo muito bom ou pelo menos muito satisfatório com a maioria das mulheres com quem me embrulho. Como eu costumo dizer, não há sexo mau… há bom, muito bom e excelente.

Também não ando a caçar para escrever histórias, a coisa processa-se ao contrário. A ideia de escrever o livro, e publicar os meus relacionamentos sexuais fortuitos, surgiu com o objectivo de mostrar a quem me quiser ler, a forma como a internet veio alterar os relacionamentos entre homens e mulheres, especialmente no campo sexual, e claro, tornar a sociedade mais aberta, mais informada, menos hipócrita, e em que cada um de nós possa viver a sua sexualidade de forma desinibida e descomplexada.
Bigada pelo teu mail…

Abraço"

Em relação a uma reflexão mais generalizada do tema, e aceitando que há sempre excepções e muita relatividade nestas generalizações, estes dez anos de convivência intima e sincera com pessoas de faixas etárias e motivações distintas, ajudaram-me a formar uma opinião fundamentada acerca das diferenças de pensamento, sensibilidade, motivação e expectativas de ambos os sexos em matéria de relacionamentos continuados e ocasionais. Não é fácil escrever acerca do tema pela sua complexidade e relatividade, mas vou tentar expor alguns aspectos que sinto serem mais relevantes.

As motivações e expectativas dos homens e das mulheres em relação ao sexo são muito diferentes, e em ambos os sexos, a idade, a vivencia e a personalidade de cada um, determina o seu posicionamento face à sua sexualidade.

Os homens, independentemente de terem ou não alguém que gostem, que amem, e com quem tenham um sexo que os satisfaça plenamente, têm necessidade de variar, de caçar, de seduzir, e de ter sexo com diversas mulheres. A net veio facilitar os encontros anónimos, e os homens aproveitam esta nova forma de engatar, por ser fácil, confidencial e descomprometida. Há muitos mais homens com esta vontade e necessidade do que as mulheres imaginam, porque eles com medo que as parceiras exijam o mesmo, não assumem esse tipo de comportamento. Os homens comprometidos assumem-se sempre fiéis, e escondem as escapadelas, para poderem exigir fidelidade às suas companheiras. A verdade é que maior parte dos homens são bígamos e infiéis, e conseguem sê-lo mesmo amando uma mulher, e estando sexualmente satisfeitos com as suas parceiras.

Se um homem não tem ninguém que ame, ainda pode estar aberto a se apaixonar e construir um relacionamento mais sério no decorrer dos seus engates da net, mas se é casado ou tem alguém de quem goste verdadeiramente, o interesse dele é simplesmente dar uma queca numa gaja. Se gostar muito pode repetir mais vezes, mas na generalidade acaba por saltar para outra, é apenas uma questão de tempo. Um homem que seja obrigado a ser fiel, não é um homem satisfeito sexualmente, mesmo que a sua parceira seja a melhor queca de todas. A generalidade dos homens é fiel de livre vontade, apenas enquanto estão apaixonados, e durante um curto período de tempo.

Como a maioria dos homens lideram e são activos nos encontros sexuais, acabam por fazer o que gostam, e por isso um encontro sexual com uma desconhecida é sempre gratificante e prazeroso. Para um homem ter prazer e gostar do sexo com uma mulher, basta que ela tenha um corpo fixe, uma coninha, mamas, e que lhe faça as vontades. Ele come-a, vem-se e está satisfeito. Dizendo de outra forma, os homens gostam de engatar e papar mulheres porque para eles é sempre bom. Se há mais homens do que mulheres dispostos a encontros sexuais com desconhecidos, é porque há mais homens do que mulheres a ter prazer neste tipo de encontros, obviamente.

Apesar de haver mulheres parecidas com os homens em termos de motivação sexual e que consigam ter prazer numa queca com um desconhecido, a generalidade das mulheres não tem essa facilidade. As mulheres são seres mais complexos, com especificidades muito próprias e sensibilidade apurada, e precisam de muito mais do que apenas um piço para enfiar na coninha. Para as mulheres, (que vão pelo sonho) a motivação destas quecas fortuitas com desconhecidos, tem o objectivo de encontrar o tal especial, aquele pelo qual se possam apaixonar, ou pelo menos com quem possam ir construindo uma relação continuada de cumplicidade e confiança, mesmo que se trate apenas de sexo.

A maior parte das mulheres que se aventuram nestes encontros sexuais, sentem que não foi gratificante para elas em nenhum aspecto. É por essa razão que são muito mais exigentes na procura do homem, e quando encontram um que lhes agrade, preferem aprofundar a cumplicidade e a qualidade da relação, porque para elas o sexo só começa a ser bom quando já têm a desinibição, confiança e envolvimento emocional suficientes para sentirem prazer com esse homem. Como o interesse dos homens na maior parte das vezes é dar uma queca e saltarem fora, as mulheres sentem-se enganadas, usadas, e com problemas de auto-estima.

Resumindo, quando um homem e uma mulher que não se conhecem, se encontram para ter sexo, na grande maioria dos casos ele gosta muito, e ela não gosta nada. Isso faz com que os homens procurem encontros com desconhecidas, e elas não só não estejam praí viradas, como pensem e com razão, que a quantidade não é qualidade. Se à má performance dos homens, muitas vezes devido ao egoísmo, egocentrismo e falta de jeito, juntarmos o facto de eles normalmente ficarem possessivos, ciumentos e controladores, percebe-se perfeitamente o cuidado e a hesitação que uma mulher tem em se aventurar neste tipo de encontros sexuais.

Para além do que já foi dito, ocorrem-me mais dois factores que fazem a diferença de pensamento e forma de agir entre homens e mulheres em termos sexuais.

O primeiro, prende-se com o velho preconceito da sociedade, em que um homem que engata muitas mulheres é um conquistador, e uma mulher que engata muitos homens é uma ganda puta. Embora este preconceito esteja cada vez mais ultrapassado, o facto é que está muito enraizado na nossa cultura.

O segundo, dizem os especialistas, é mesmo genético. De acordo com esta teoria, que até faz sentido, enquanto que as fêmeas que geram os filhos no seu interior, têm a certeza de que a cria que transportam é sua, procuram um macho dominante (homem bem sucedido) para partilhar com elas a responsabilidade de criar e cuidar da sua cria, os machos, que não têm a certeza de que a cria que determinada fêmea transporta seja sua, procuram cobrir o maior numero possível de fêmeas para terem a certeza que deixam descendência. Isto é válido para praticamente todo o reino animal, incluindo o homem, que apesar de ser um animal racional, também tem esta programação genética.

xarmus

15.11.10

R005 Recibos verdes

Eu sou um fervoroso adepto dos relacionamentos liberais, sejam encontros com desconhecidos, sejam as chamadas amizades coloridas. Acho que os relacionamentos liberais, são parecidos com as nossas amizades, são livres e só duram enquanto as duas partes quiserem. Para além de muitas outras vantagens, tem uma que eu acho deliciosa, que é termos que agradar à/ao parceira/o se queremos que ela/e volte. Como não há comprometimentos de parte a parte e na maioria dos casos os encontros são entre anónimos, se gostarmos da pessoa com quem nos encontrámos, temos mesmo que pensar em agradar e dar-lhe prazer se queremos voltar a ter o prazer de estar com ela/e. Claro que esta acção tem que ser recíproca, e se a pessoa que estiver connosco voltar a querer ter o prazer da nossa companhia, também vai ter que fazer por nos agradar. Acho esta condição uma delicia, e de uma justeza incomparável.

Nos casos em que as pessoas já têm várias amizades coloridas, e como a possibilidade e capacidade de nos relacionarmos com determinada quantidade de pessoas também é limitada, temos tendência a escolher as melhores pessoas para nos relacionarmos, ou seja, temos mesmo que seleccionar, da mesma forma que fazemos com a escolha dos amigos. Digamos em linguagem comercial, que é um mercado de livre concorrência, o que é sempre salutar em termos da qualidade dos relacionamentos, sejam eles de que tipos forem.

Nos relacionamentos fixos, quer sejam casamento, uniões de facto ou mesmo namoro tradicional, os parceiros que sentem alguma segurança no relacionamento, têm tendência a descurar a relação. Sentem que não têm que fazer nada pela relação porque é segura, e até se dão ao luxo de complicar, inventando uns joguinhos desagradáveis para conseguirem ir medindo forças e tentando ficar numa boa posição na guerra do poder. No caso em que os homens têm outros relacionamentos ou querem ter tempo para dar umas quecas por fora, ainda arranjam um problema qualquer para iniciar uma discussão que justifique ficar zangado com a “legítima” durante uns dias e terem tempo para ir papar as “Ilegítimas” a quem tratam com muito cuidado e carinho, porque essas não estão seguras, e se não gostarem, podem fugir. Para além disso sentem a concorrência dos outros amigos das amigas coloridas e sabem que se não se esforçarem, são dispensados.

Há gajos que tendo várias “legitimas” arranjam zangas com umas para irem ter com outras e conseguem aguentar duas, três ou mesmo quatro relações nestas condições, o que deve ser uma trabalheira e uma maçada incríveis. Claro que os motivos das zangas também servem para todas, senão era preciso ter mesmo muita imaginação e criatividade.

Costumo dizer que os relacionamentos liberais estão para os recibos verdes, assim como os relacionamentos fixos estão para os contratos sem termo. Quem trabalha a recibos verdes ou é profissional liberal, tem que se esforçar por agradar ao cliente se quer que ele volte a contratá-lo. Por outro lado, quem tem emprego com contrato sem termo, não necessita de se esforçar muito porque o lugar está seguro.

xarmus

25.7.10

R004 Infidelicidades

Os homens são normalmente mais infiéis que as mulheres, e a net, devido ao anonimato veio facilitar em muito a possibilidade de se ter amigas coloridas sem dar nas vistas.

A grande novidade é que com esta possibilidade de poderem travar conhecimento de forma anónima, as mulheres casadas que já andavam com vontade de saltar a cerca mas que tinham dificuldades logísticas e de falta de tempo por causa dos filhos e da casa, por serem mais controladas, e porque é sempre perigoso embrulharem-se com alguém que as conheça, a coberto do anonimato, começaram mesmo a saltar a cerca com segurança e privacidade.

Depois de conhecer homens através da net, de criar o desejo e a intimidade necessárias, e perceberem que os interlocutores são de confiança, numa hora dão uma escapadela com toda a facilidade. É curioso verificar que as mulheres casadas preferem encontros com homens casados, por partilharem os mesmos interesses a vários níveis, mas essencialmente no que toca ao sigilo.

Esta forma de conhecer pessoas veio desestabilizar casamentos, criar conflitos e motivar divórcios. Há casos em que o casal se divorcia porque um dos cônjuges passa horas a teclar na net, e depois do divórcio, começa o outro cônjuge a passar horas a teclar na net. Este facto, prova bem que o uso de sites e chats de relacionamentos são um método privilegiado de se conhecer outras pessoas de forma anónima.

Antes de haver net, as mulheres evitavam divorciar-se por não terem um círculo de amigos e pensarem que depois do divórcio teriam dificuldade em arranjar outro homem ou mesmo apenas sexo. Quando começam a andar na net e a serem assediadas por muitos homens, começam a ganhar força para se divorciarem, porque percebem que pelo menos flirt e sexo não vai faltar. Sentem que é uma oportunidade para conhecerem gente nova e viverem situações que nunca tiveram oportunidade de viver.

Ao longo destes 10 anos de relacionamentos cibernéticos, vivi muitas experiências com mulheres casadas, algumas nem sabia que eram casadas e outras que nunca chegarei a saber. Para quem procura apenas sexo, as mulheres casadas apresentam algumas vantagens, quando comparadas com as descomprometidas. Enquanto as mulheres solteiras ou divorciadas procuram relacionamentos com envolvimento emocional, as casadas não estão interessadas em grandes envolvimentos, e como o tempo disponível é reduzido, é todo aproveitado no que realmente interessa.

Outra vantagem é, tal como os homens casados, não estarem interessadas em perder o patamar de conforto e estabilidade económica que já conseguiram, e que o divórcio iria destruir. Assim vão dando umas quecas sem que ninguém saiba, satisfazendo as suas fantasias sexuais de forma liberal, e aproveitando para fazer aquilo que os maridos não fazem com elas, ou até apenas variar de corpo, de homem, de procedimentos, sentir o desejo da novidade ou ter o prazer do flirt.

Ao contrário dos homens casados, as mulheres casadas raramente mentem em relação ao seu estado civil, e é engraçado perceber porque é que isso acontece. Como as mulheres livres preferem evitar os homens casados, os homens mentem em relação ao seu estado civil para não serem excluídos. Como os homens na sua grande maioria procuram apenas sexo, e pelas razões que acima descrevi, não só não excluem as mulheres casadas, como muitas vezes as preferem. Assim, as mulheres casadas não precisam de mentir em relação ao seu estado civil.

Nunca me fez confusão embrulhar-me com mulheres casadas. Como penso que ninguém é propriedade de ninguém, e que todos somos livres de fazer o que bem nos apetecer, é de consciência tranquila que marco encontros com mulheres casadas. Se elas procuram relacionamentos fora, é porque têm razões para isso, seja porque lhes apetece, porque os maridos fazem o mesmo, ou porque não são bem fodidas em casa.

Embora as razões delas pouco me interessem, sempre que converso um pouco com uma mulher casada acerca do tema, tento perceber o que as leva a procurar sexo fora do casamento, e tento ajudar a resolver os problemas que possam ter com os cônjuges. Conhecendo bem os homens, posso sempre ajudá-las a chegarem a conclusões relativamente às razões do afastamento ou desentendimento entre os casais, e já tenho conseguido obter resultados positivos. O meu interesse é mesmo passar bons momentos com mulheres que tenham o mesmo interesse, mas sem que isso ponha em risco os seus relacionamentos.

Muitas vezes dou por mim no papel de conselheiro matrimonial, tentando ajudar na resolução de problemas conjugais, dando conselhos ou ensinando-lhes os truques para não serem apanhadas. Ensino-as a limpar os históricos dos computadores e telemóveis, e no caso de não terem um cartão sim exclusivo para a net, apontarem os nomes dos homens no feminino, e muitos outros cuidados que deverão ter para não serem apanhadas a saltar a cerca. Não quero ser de forma alguma causa de zangas ou divórcios. Outra coisa que nunca faço é contactá-las, espero sempre que sejam elas a contactar, e se tiver mesmo necessidade de entrar em contacto, envio uma mensagem a dizer que tive um problema com o meu marido e que preciso de desabafar com elas, e assino Luisa.

As razões que levam mulheres comprometidas a procurarem sexo fora do relacionamento, são variadíssimas, e cada caso é um caso, mas na generalidade assentam sempre nas mesmas causas. Ou não são fodidas, ou são mal fodidas, ou não satisfazem as suas fantasias com os respectivos parceiros.

Ao contrário dos homens, as mulheres quando são amadas, e estão satisfeitas sexualmente com os parceiros, raramente procuram sexo fora. Mas mesmo que amem os parceiros, se não estiverem satisfeitas sexualmente, procuram mesmo fora. Algumas não o fazem por falta de coragem e com receio de pôr em risco o seu relacionamento, mas se tiverem oportunidade de saltarem a cerca de forma segura e anónima, saltam mesmo.

Aconselho vivamente aqueles homens que acham que não se faz certas coisas com a respectiva, ou que há certas coisas que só se fazem com as outras, a fazerem mesmo de tudo sem tabus e a satisfazerem as suas companheiras a todos os níveis, porque senão aquilo que os homens acham que não devem fazer com elas, fazem elas com os outros. Acreditem que sei do que falo. Conheci muitas mulheres casadas que queriam fazer comigo, aquilo que os maridos não fazem com elas.

Nos “próximos capítulos” partilharei com os leitores histórias por mim vividas com mulheres comprometidas, para se perceber melhor as motivações, os receios, e o comportamento sexual das mulheres casadas que se aventuram nestes encontros.

xarmus

2.6.10

R003 Diferenças de idade

Mesmo antes de existir net, já havia relacionamentos sexuais entre pessoas com grande diferença de idades, mas os sites de relacionamentos e o anonimato vieram facilitar de uma forma exponencial este tipo de relacionamentos.

Uma miúda com 20 anos dificilmente assumiria uma relação perante a sociedade e amigos, com um homem com idade para ser pai ou avô dela, até porque os gostos, interesses e objectivos de vida são completamente diferentes.

No entanto, para experimentar dar uma queca de forma anónima com um cota charmoso e experiente sexualmente, não só não tem inconvenientes de maior, como pode até ser bastante gratificante. Na net, a procura de pessoas mais velhas por parte de pessoas mais novas, acontece em ambos os sexos.

Eu, com 45 anos, já tive experiências sexuais com raparigas na casa dos 20 anos e Já me embrulhei com mulheres muito mais novas por razões completamente diferentes. Fui procurado por raparigas que já tinham tido experiências sexuais com homens muito mais velhos e que apesar de terem namorados da idade delas, quando querem mesmo ter prazer à séria, escolhem homens mais velhos.

Segundo elas uma grande parte dos rapazes da idade delas, são muito egoístas, não se preocupam em lhes dar prazer e vêm-se muito rápido. Já fui procurado por uma miúda de 22 anos que nunca tinha estado com um homem da minha idade, mas que as amigas lhe tinham dito que os homens mais velhos eram muito melhores, e ela queria experimentar e queria que eu lhe ensinasse a dar prazer a um homem.

Até já me aconteceu conhecer uma rapariga com 25 anos que apesar de ter tido relações sexuais 3 vezes, ainda era virgem, ou seja nunca a conseguiram penetrar até ao fim, e ela queria que eu lhe tratasse do assunto.

Já fui convidado para ter sexo com duas amigas bi, que namoravam uma com a outra, e queriam fazer uma brincadeira a três.

As histórias são muitas, e na impossibilidade de as contar todas em pormenor vou contar algumas aqui no blog, que me foram especialmente prazerosas, engraçadas, ou que de alguma forma contribuam para a compreensão deste fenómeno.

xarmus

28.5.10

R002 Anonimato

A primeira vez que me encontrei pessoalmente com uma mulher que conheci na net, fiquei impressionado com a rapidez com que nos enfiámos na cama. Marcámos um encontro num local público. Eu ia algo nervoso, e quando nos encontrámos, perguntei-lhe se ela queria beber um café ou se queria passear, ao que ela me respondeu:
M - Foder.
Depois de ter apanhado tudo o que me caiu ao chão, e de me ter recomposto do choque, perguntei-lhe:
L - Onde?
M – Onde tu quiseres, não tinhas uma autocaravana?
L- Tenho, está estacionada ali à frente….
M – então vamos.

Mal entrámos na autocaravana, a mulher ajoelha-se, agarra-se-me às calças,  abre-me a braguilha, tira-me o piço para fora e começa a mamar de uma forma sôfrega e muito gulosa. Fiquei prontinho para o pior num instante e rapidamente passámos às hostilidades.

Deita-se, abre as pernas e diz: - lambe-me um bocadinho para eu ficar bem molhadinha (como se eu precisasse que me peçam.. hehehehehe). Ao fim de umas boas duas horas de excelente sexo, e depois de ela se vestir e sair porta fora, fiquei a pensar na sorte que tinha tido em ter encontrado uma mulher tão cheia de fominha e tão assumidamente desinibida logo à primeira. Fizemos sexo como se já o fizéssemos há anos. Impressionante.

Como a segunda, a terceira e as seguintes mulheres que conheci na net, e com quem fui para a cama foram idênticas, rapidamente vi que não tinha que ver com as mulheres em si, mas sim com o facto de a relação ser absolutamente anónima, e eu não as voltar a ver.

Ao longo destes anos, percebi que o anonimato é a palavra mágica nestas andanças das redes sociais de relacionamentos, principalmente no que toca a relacionamentos sexuais. Tem muitas vantagens e também tem desvantagens, dependendo do ponto de vista, dos interesses e objectivos de cada um de nós. O anonimato na net, faz com que aconteçam coisas e cria situações que de outra forma era impossível acontecerem.

A possibilidade de nos relacionarmos anonimamente uns com os outros, possibilita que nos mostremos sem mascaras, como realmente somos, como pensamos, o que queremos, e o que sentimos. Os preconceitos, as vergonhas, os tabus e outros factores que até então eram inibidores de nos mostrarmos como realmente somos, perdem grande parte do sentido.

É também esta característica que torna as conversas anónimas através da net muito interessantes. É evidente que nem toda a gente tem esta perspectiva, e pelo contrário, aproveita o anonimato para se mostrar aos olhos dos outros não como é, mas como gostaria de ser, ou encarnando personagens que servem os objectivos a que se propõem. (ler as historias H004 Mentiras perigosas e H003 Viver à conta).

É também devido ao anonimato que se torna tão fácil encontrar sexo na net. Como nos podemos encontrar uns com os outros sem que haja qualquer tipo de ligação social entre os intervenientes, tudo o que aconteça entre duas ou mais pessoas, fica no segredo dos deuses. Como não sabemos quem é determinada pessoa, e como não existem amigos em comum, não existe a possibilidade de voltarmos a encontrar essa pessoa, a não ser que seja de vontade mútua.

Esta característica dos encontros sexuais faz com que o relacionamento seja muito mais desinibido, e sem consequências futuras. A performance de uma mulher que tem sexo com um homem que sabe que se quiser não vai voltar a ver, e que ele está impossibilitado de voltar a procurá-la ou de poder contar a alguém que a conheça o que se passou entre os dois, é muito mais desinibida e despreconceituosa do que seria com alguém que conhecesse a sua identidade, ou com quem tenha amigos em comum.


Claro que isto depende das experiencias que cada um já teve, mas quando um homem e uma mulher com experiencia neste tipo de encontros sexuais se encontram, é um autentico descalabro. É sexo puro e duro, com requintes de malvadez, em que cada um faz o que bem lhe der na gana, e dá largas à invaginação. Se já tiver havido uma conversa prévia acerca do que se gosta, do que é permitido ou não, a coisa fica mesmo perfeita.

O anonimato nos relacionamentos da net, abre a um maior número de pessoas, possibilidades que até agora eram impensáveis no campo sexual. Relacionamentos entre pessoas com grande diferença de idade, relacionamentos com pessoas casadas, relacionamentos homossexuais, relacionamentos de sexo em grupo, relacionamentos swingers e relacionamentos entre pessoas com incompatibilidades a outros níveis, sejam físicas, de classes sociais, raças ou até incompatibilidades de personalidade. Como os encontros são de carácter puramente sexual e de apenas umas horas, possibilita o encontro sem levar em conta factores que poderiam ser incompatíveis a um relacionamento assumido perante a sociedade, mais alargado no tempo ou incompatíveis em relação a interesses ou objectivos de vida em comum. No fundo, as pessoas aproveitam o anonimato para fazerem aquilo que lhes apetece e que geralmente a sociedade condena. 

1.5.10

R001 Mentiras

Do mesmo modo que há gente que aproveita o anonimato para ser genuíno e não ter que usar a mascara do dia-a-dia, se mostra como realmente é, diz o que pensa sem hipocrisias e não está para fazer fretes dizendo que sim ou que não só para agradar, também há gente que se serve do anonimato para mentir e enganar descaradamente, ou adopta um personagem para conseguir atingir os seus objectivos.

Quem usa esta postura, normalmente não tem nada de bom dentro de si para mostrar, e por isso não se mostra como é mas como gostaria de ser, ou vai transformando o seu personagem ao sabor do que lhe é mais conveniente.

A mentira, a falsidade e a hipocrisia fazem parte do nosso dia-a-dia, e todos nós estamos habituados a conviver com isso, mas na net, essa forma de estar atinge contornos bastante perigosos, principalmente porque são muito difíceis de detectar e porque os efeitos são simplesmente devastadores.

As personagens que cada um encarna, são criadas e testadas ao longo do tempo, e aperfeiçoadas à medida que certos aspectos vão sendo desmascarados. Um gajo inventa um nome bonito, uma profissão pomposa e que seja atraente a uma mulher, um estado civil conveniente, e um enredo à volta da sua vida que lhe permita manter afastadas da sua vida privada as possíveis pretendentes. Se alguma coisa falhar com uma namorada ou amiga colorida, na próxima esse aspecto já está corrigido. Ao fim de dez namoradas, a personagem está suficientemente testada, e é muito difícil alguém conseguir detectar falhas ou incoerências no enredo que lhe é apresentado. Tudo bate certo, e há respostas na ponta da língua para qualquer questão que se lhes ponha.

Outro factor que torna a mentira e a falsidade muito fáceis de praticar na net, é que enquanto na vida real uma pessoa que engana outra tem que viver com a vergonha de ter sido desmascarado, e encarar as pessoas que enganou, na net, caso as coisas corram mal, o salafrário só tem desaparecer de vez e nunca mais ninguém lhe põe a vista em cima. Muitas vezes nem sequer chega a ser confrontado com a mentira, porque desaparece antes de rebentar a bronca.

Se há homens que optam pela mentira para conseguirem os seus objectivos, também algumas mulheres que estão interessadas em arranjar um namoro com continuidade ou mesmo um companheiro para viverem ou casarem, mentem em relação ao seu passado recente.

Enquanto as mulheres que vivem sozinhas e assim querem continuar, assumem os namoros ou amigos coloridos que tiveram ou ainda têm, as que pretendem um relacionamento continuado contam uma história bem diferente. Como a ideia é arranjarem um relacionamento fixo, e sabendo que a generalidade dos homens não gosta de mulheres muito usadas para suas companheiras e mãe dos seus filhos, não arriscam prejudicar um possível relacionamento com alguém por quem estão interessadas, e escondem a quantidade de relacionamentos que têm tido desde que estão separadas.

A história é muito semelhante de umas para as outras. Estão separadas há determinado tempo, e desde aí até agora nunca tiveram com mais nenhum homem, porque ainda estão muito magoadas com a separação ou ainda não encontraram alguém que lhes interessasse conhecer, e o interlocutor é sempre o primeiro homem pelo qual elas se mostram interessadas em marcar um encontro. Dizem que não procuram sexo na net e que não são mulheres de quecas, mas não excluem a hipótese de um relacionamento mais íntimo caso o interlocutor lhes desperte interesse nesse sentido.

Mas para se perceber melhor as razões e as vantagens de se mentir a coberto do anonimato, e as consequentes desvantagens para quem é enganado, nada melhor que contar algumas historias vividas por amigas minhas e que fui acompanhando à medida que se desenrolavam. (ler H003 Viver à conta e H004 Mentiras perigosas)

xarmus