Ela: - Bem… nem sei que te diga… estava mesmo a precisar disto. Foi mesmo na medida certa. Devo confessar-te que passei um mau bocado, mas o alivio do depois, e sentir o prazer que isto tudo te deu, é uma recompensa maravilhosa. Adorei mesmo. Amanhã estou toda fodida das costas e do cu. Será que me vou conseguir sentar?
Desamarrei-a.
Eu: - Mas tiveste prazer?
Ela: - Muito mesmo. Foi tudo muito bom. Tens jeito para Dom. O antes por saber que vou ser açoitada, o durante… gosto de sentir a dor fina dos açoites, e a calma do depois. Parece que estive a correr horas. E tu és um querido, o meu Dono nunca me tratou assim… esse cremezinho nas costas soube tão bem.
Eu: - Vou buscar um cigarrinho… queres um?
Ela: - Traz.
Eu: - Água?
Ela: - Também.
Eu: - Eu vou foder-te mais, e foder-te a boca também… adoro, mas já não te vou açoitar mais, estás toda marcada e isso tem ar de que vai ficar negro. Fazemos um intervalinho mas depois quero vir-me outra vez.
Ela: - E amanhã de manhã, fodes-me mais?
Eu: - Claro linda, sais daqui com o tratamento completo.
Deitámo-nos a fumar um cigarrinho. Tinha baixado o volume à musica e estava agora muito suave. As velinhas ainda queimavam e a fragrância que largavam era uma delícia.
Ela: - Tenho uma coisa a confessar-te…
Eu: - Diz…
Ela: - Eu não vivo em Lisboa
Eu: - Não te preocupes que eu também não vivo. Hehehehehe
Ela: - Vivo em Leiria.
Olhei para ela…
Eu: - Tens a certeza que vives em Leiria?
É verdade que pouco ando por Leiria, e quando lá estou é apenas casa trabalho e trabalho casa. A minha vida é mais em Lisboa e por outras cidades, mas era estranho nunca ter visto aquela cara.
Ela: - Agora não sei onde vivo… queres ver…
Ela olhou para mim com um ar desconfiado.
Ela: - Não me digas que vives em Leiria?
Eu: - Vivo perto, mas tenho uma empresa em Leiria.
Ela: - Não me digas… foda-se. Eu já digo que vivo em Lisboa para estas coisas não me acontecerem… azar do caralho. Que merda… se te encontro por lá nem sei onde me enfiar. É pá tu não podes contar isto a ninguém… aquilo é um meio pequeno e espalha-se logo.
Eu: - Não posso??? Estava a pensar publicar no jornal de Leiria.
Ela: - Estúpido… vê lá se atinas.
Eu: - E vives para que lados?
Ela : - Na rua **** ******** **** sabes onde é?
Eu: - Ui… isto está a ficar giro. Somos vizinhos e não nos conhecemos.
Ela: - VIZINHOS???? Mas tu disseste que moravas perto de Leiria?
Eu: - E vivo… mas a minha empresa é nessa rua.
Ela: - Brincalhão… estás a gozar… na minha rua nem há empresas, é uma zona habitacional.
Eu: - Não? De certeza?
Ela ficou pensativa… como que a visualizar toda a rua.
Ela: - Que eu saiba, só tem um gabinete de arquitectura quase em frente à minha porta do outro lado da rua.
Eu: - Pois tem… no terceiro andar… né?
Ela ficou branca de repente, e olhou para mim com os olhos esbugalhados
Ela: - Não me digas que trabalhas lá?
Eu: - Não só trabalho como a empresa é minha.
Ela: - TUA ???? Ai que desgraça… só a mim é que me acontecem destas coisas… nem sei como é que te hei-de dizer isto.
O ar de aflição dela, começou a preocupar-me. Havia ali qualquer coisa de muito estranho.
Eu: - Desembucha mulher…
Ela: - Tu não tens um filho chamado André?
Aí é que eu comecei a ficar deveras curioso.
Eu: - Tenho… porquê?
Ela: - É que eu sou a professora de matemática do teu filho.